Amós – Política e justiça social como parte da adoração

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INTRODUÇÃO
I. O LIVRO DE AMÓS
II. POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL
III. INJUSTIÇAS SOCIAIS
IV. A VERDADEIRA ADORAÇÃO
CONCLUSÃO

Já diz o ditado: “quem avisa, amigo é!”. Amós, trata sobre assuntos que a maioria de nós evita comentar: religião e política. Em uma série de denúncias contra várias nações o  profeta alerta sobre a infalibilidade do julgamento de Deus ao apontar os pecados do Reino do Norte. Crueldade na guerra (Amós 1.3,11 – 13; 2.1), escravidão (Amós 1.6-9), desprezo e abusos contra os fracos (Amós 2.7), empréstimos (Amós 2.8), altos impostos (Amós 2.8; 5.11), riqueza e luxo (Amós 3.10-15; 4.1; 5.11; 6.4-6), má administração da justiça (Amós 5.10-12) e comércio fraudulento (Amós 8.4-7).
Em Samaria Amós aponta os desmandos políticos e em Betel expõe as espoliações dos sacerdotes. Assim, o profeta destaca a intenção e o zelo de Deus para com o tratamento social imposto pelos governantes e clérigos da época. Além de apontar o pensamento de Deus sobre o relacionamento que cada pessoa deve ter com o próximo.
Enquanto os religiosos empregavam na lei de Deus argumentos jurídicos, sem atentar para a essência da necessidade de conversão, chegando ao ponto de modificar os estatutos e incorporar preceitos que desfiguravam os seus propósitos, os políticos utilizavam-se de força e violência para impor suas ideias. Havia uma injustiça social claramente desenfreada. Além da opressão ao pobre e invalidade da justiça, o profeta apontou suborno com o intuito de persuadir os juízes a emitir sentenças desfavoráveis aos inocentes e ganancia ao ponto de vender pessoas à escravidão por um preço não maior que um par de sandálias (Amós 8.6).
Dificilmente alguém no auge do sucesso conseguirá conservar suas raízes mais íntimas. Esse crescimento no ego humano, alimentado pela determinação do “eu”, faz muitos, depois de alcançar qualquer tipo de sucesso ou crescimento, esquecerem suas raízes. A intensidade da culpa de Israel fica mais evidente quanto o profeta começa a sugerir a forma de tratamento que Deus deu no contexto  da libertação do cativeiro no Egito (Amós 2.9-16). Os israelitas não apenas esqueceram a fidelidade de Deus, mas esqueceram de onde saíram, de suas raízes. Ao ponto de forçar os nazireus a quebrarem seus votos e proibirem os profetas de falar (Amós 2.12).

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