O autor da Fé

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A 'fé' que foi dada aos homens (evangelho) não contempla os problemas do dia-a-dia, antes, o cristão deve ter em mente que deve ser perseverante para ser possível alcançar o que o evangelho propõe, que é a salvação, e, por isso, não deveriam desfalecer “... não vos canseis, desfalecendo em vossas almas” ( Hb 12:3 ).

“... olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual pelo gozo que lhe estava proposto suportou a cruz...” ( Hb 12:2 )

Após fazer uma exposição do que alguns homens do passado alcançaram através da fé ( Hb 11:1 -40), o escritor aos Hebreus conclui o seu pensamento exortando os leitores a serem perseverantes, tendo como exemplo o Senhor Jesus ( Hb 12:2 ), ou seja, o versículo acima é conclusão de elementos apresentados anteriormente.

Após demonstrar a fé dos patriarcas, o escritor conclui que os cristãos após crerem na mensagem do evangelho (carreira que nos esta proposta), deveriam perseverar no evangelho (corramos com perseverança). Mas, para manterem-se perseverantes, os cristãos deveriam olhar firmemente para Cristo, que é o autor e o consumador da fé.

Deste versículo extraímos quem é o autor da fé, ou seja, quem deu origem a crença dos cristãos: Jesus.

Consumador: refere-se àquele que realizou todos os atos para que fosse possível a existência da nossa fé.

A fé neste verso faz referência à certeza que o crente possui quanto aos bens futuros, segundo o que foi informado por meio da mensagem do evangelho (fé). Neste versículo a palavra fé segue o que foi exposto na definição anterior: "Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam..." ( Hb 11:1 ).

O escritor aponta Cristo, o autor e o consumador da fé, como exemplo a ser seguido. Os que crêem devem observar a Cristo, e este versículo apresentam alguns elementos acerca de Cristo, o autor e consumador da fé:

1º Havia uma promessa específica para Cristo: “... o qual pelo gozo que lhe estava proposto...”;
2º Diante do premio proposto, Cristo suportou e desprezou a ignomínia da cruz, e;
3º Ele assentou-se à destra de Deus.

Segundo o escritor aos Hebreus, os cristãos devem considerar as vicissitudes que Cristo suportou para que não desfalecessem em suas almas.

Da mesma forma que Cristo tinha uma promessa, o gozo proposto, os cristãos têm de Deus uma promessa através do evangelho: a salvação. A 'fé' que foi dada aos homens (evangelho) não contempla os problemas do dia-a-dia, antes, o cristão deve ter em mente que deve ser perseverante para ser possível alcançar o que o evangelho propõe, que é a salvação, e, por isso, não deveriam desfalecer “... não vos canseis, desfalecendo em vossas almas” ( Hb 12:3 ).

Precisavam considerar a Cristo, que sendo o autor e consumador da fé, não teve em conta a oposição dos pecadores, antes tinha em vista o premio proposto. Da mesma forma, os cristãos não podiam desfalecer, antes deviam olhar firmemente para Jesus, para podermos alcançar o premio proposto no evangelho, que é a salvação.

A fé (confiança do cristão em Deus), em muitas das vezes não livra o cristão das afrontas, antes lhe concede a força necessária para que venha a resistir firme na esperança proposta, pois o combate do cristão pode estender-se ‘até o sangue’ (v. 4).

O escritor aos Hebreus é claro ao demonstrar que, pela fé o cristão esta apto a abraçar dois extremos: pode ser livre das agruras desta vida ( Hb 11:33 -34), ou resistirem até o sangue ( Hb 11:35 -38).

“Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”
( Hb 11:1 )

Após exortar os cristãos à perseverança, o escritor aos Hebreus exemplifica, apontando a desobediência do povo no Antigo Testamento e suas conseqüências ( Hb 10:28 ).

O escritor aos Hebreus aponta os problemas e obstáculos que os fiéis dentre o povo de Israel tiveram que suportar e passar Hb 10. 32 -34, e leva os cristãos a concluírem que não deveriam lançar fora a confiança que tinham (v. 35).

Primeiro: deveriam permanecer confiantes para continuarem livres do castigo divino e por terem uma grande recompensa. Por causa da recompensa que está na promessa dada por Deus, daí surge a argumentação: “Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam...”.

A fé só pode ser designada fé enquanto se esta aguardando, pois quando se alcança o esperado, já está diante da recompensa, e não de posse da fé.

Observe que a fé geral e a fé para salvação estão fundamentadas em um mesmo princípio: a certeza do que se espera. Através do conhecimento e da experiência comum a todos os homens, sempre esperamos o amanhã, a chuva, o germinar da semente, etc, e temos uma certeza tão segura que nada há que demova o homem da segurança em sua espera.

Da mesma forma, ao falarmos do evangelho ou da fé dada aos santos, há garantias em Deus quanto a nossa salvação que a espera é com base em uma certeza segura. Isto é tão patente ao escritor aos Hebreus que ele retoma o mesmo pensamento, só que com outro argumento: “... e a prova das coisas que não se vêem”.

A certeza que se tem quanto ao que se aguarda é prova cabal do que não se vê! O que se aguarda é por não ser possível ver. Isto não significa que a fé é depositada sobre o que não existe.

A certeza decorre de provas irrefutáveis para aquele que acredita. Não é a fé que faz surgir às provas, antes as provas é que dá alicerce a fé ( Rm 8:24 -25).

"Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam" ( Hb 11:6 )

O ponto de partida deste versículo está em que a fé não é a causa da existência divina, antes é Deus o motivo de nossa fé.

O Apóstolo aponta duas condições para que o homem possa agradar o seu criador:

(1) para se aproximar de Deus homem precisa ao menos acreditar que Ele existe; isto é fato, só se pode achegar a Deus se cremos em sua existência. Não é a fé que faz surgir a pessoa da divindade!
(2) para se aproximar de Deus o homem tem que estar certo de que Deus recompensará aqueles que O buscarem.

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